A água é um elemento fundamental para vida. Sua utilização está diretamente vinculada à maior parte das necessidades humanas, como o abastecimento público e industrial, a irrigação agrícola, a produção de energia elétrica, recepção de resíduos, além das atividades de lazer e recreação.
Por um longo tempo, o suprimento de água para a população não foi uma questão preocupante. Entretanto, com a crescente expansão demográfica e industrial que vem ocorrendo nas últimas décadas em todo o mundo, essa preocupação veio à tona. Isso porque da totalidade de água que existe no planeta, apenas 2,8% são classificados como água doce, sendo que desse total apenas 1% está realmente disponível nos rios e lagos. Do restante da água doce, 79% encontram-se nas geleiras e nos pólos e cerca de 20% estão retidos em reservatórios subterrâneos, o que dificulta sua utilização. Essa água, portanto, representa um recurso escasso que deve ser preservado.
A poluição aquática pode ser definida como a adição de qualquer substância que altere a composição química, microbiológica e a temperatura da água. A poluição é qualquer ato que cause ou induza características indesejáveis em um curso d’água e afete, de maneira nociva, os possíveis usos que normalmente se possam fazer do líquido. A poluição pode ser gerada por efluentes domésticos e industriais, além de carga difusa de origem urbana e agrícola e está comumente relacionada com descargas de efluentes que são, em sua maioria, misturas de compostos tóxicos de vários tipos, partículas em suspensão e matéria orgânica particulada ou em decomposição.
A qualidade da água também é resultante das condições naturais da bacia hidrográfica, além das atividades humanas nela desenvolvidas. Como condições naturais entende-se cobertura vegetal e estrutura do solo; fatores importantes, já que à medida que o solo perde permeabilidade pela redução de sua cobertura, diminui também a infiltração de água o que prejudica o lençol freático e aumenta, consequentemente, o escoamento superficial.